Carta do Coletivo Feminino Maria Quitéria.
Jequié-BA, 10 de dezembro de 2007.
Nós, Mulheres, que durante muito tempo vivemos sob o jugo de uma sociedade patriarcal, onde a mulher era vista e considerada como menor em todos os âmbitos da sociedade. Não tínhamos o direito ao voto, a trabalhar fora de casa, éramos impedidas e mal vistas ao buscarmos independência e a construção de uma carreira profissional. E ainda hoje vemos disseminadas diversas formas de opressão às mulheres. A desigualdade de relação quanto ao Gênero, mesmo sendo admitida, não é reconhecida muitas vezes pelas próprias mulheres, acostumadas com o padrão de conduta intransigente.
É desafio para as mulheres de nosso tempo eliminar essa cultura de desigualdade entre homens e mulheres, esse julgo que está sobre nossas cabeças há séculos, ditando regras de como devemos nos portar socialmente, sentimentalmente, e não menos importante, sexualmente. Para tanto, precisamos delimitar quais são as formas de opressão, como elas agem e como nos prejudicam, para então, apontarmos medidas realmente eficazes e significativas para uma mudança real de comportamento.
“Todas (os) temos direito a sermos iguais quando a diferença nos inferioriza e o direito de sermos diferentes quando a igualdade nos descaracteriza”. Este princípio pode ser considerado norteador da luta feminista. Não queremos ser iguais em tudo, nem podemos. Entretanto, desejamos que as nossas diferenças não façam com que os homens se sintam superiores a nós e muitas vezes nos explorem, nos inferiorizem, nos desrespeitem, nos ridicularizem, nos tornem apenas objeto sexual. Não permitindo que preenchamos lugares que inexplicavelmente são lugares de “homens”, como o próprio espaço da política. Devemos lutar por uma transformação na concepção de mulher na realidade em que vivemos. Não esqueçamos que o homem também sofre por imposições culturais, herdadas historicamente.
Para todas as Mulheres que sendo crianças, sentiram a diferença de tratamento entre ela e seus irmãos. Todas que sofrem sendo tratadas como objeto sexual. Todas que desejam e buscam uma carreira profissional, contudo sabem que muitas vezes sua condição de mulher não permite a construção da mesma. Todas que ocupam os mesmos lugares que os homens, todavia são diferencialmente remuneradas. Todas que desejam que o falso moralismo tenha um fim e que a mulher deixe de ter a necessidade de se comportar com tantas inibições e imposições culturais. Todas que estão cansadas de tantos adjetivos pejorativos, muitas vezes por fazer o que os homens fazem e nem por isso são criticados. Para todas as mulheres que querem ter o direito de escolher sobre as suas próprias vidas.
Sabemos que o caminho é árduo, mas acreditamos que a nossa causa é justa, e a nossa luta é urgente. Não nos esconderemos mais, não nos omitiremos, não ficaremos em segundo plano, não seremos mais sombra nem coadjuvante na construção de uma sociedade mais digna e humana, onde sejamos respeitadas pelo que somos e pelo que acreditamos, sem discriminação ou subjugo do poder. Construiremos o caminho para as que virão, trazendo no peito e na cara, não o medo, mas a coragem de sermos quem somos. Porque “sempre fomos o que os homens disseram que nós éramos. Agora somos nós, que vamos dizer o que somos”.
Por isso, nós mulheres do Coletivo Feminino Maria Quitéria UESB - Campus de Jequié, chamamos todas e todos em favor da causa feminina. Essa luta é nossa!
É desafio para as mulheres de nosso tempo eliminar essa cultura de desigualdade entre homens e mulheres, esse julgo que está sobre nossas cabeças há séculos, ditando regras de como devemos nos portar socialmente, sentimentalmente, e não menos importante, sexualmente. Para tanto, precisamos delimitar quais são as formas de opressão, como elas agem e como nos prejudicam, para então, apontarmos medidas realmente eficazes e significativas para uma mudança real de comportamento.
“Todas (os) temos direito a sermos iguais quando a diferença nos inferioriza e o direito de sermos diferentes quando a igualdade nos descaracteriza”. Este princípio pode ser considerado norteador da luta feminista. Não queremos ser iguais em tudo, nem podemos. Entretanto, desejamos que as nossas diferenças não façam com que os homens se sintam superiores a nós e muitas vezes nos explorem, nos inferiorizem, nos desrespeitem, nos ridicularizem, nos tornem apenas objeto sexual. Não permitindo que preenchamos lugares que inexplicavelmente são lugares de “homens”, como o próprio espaço da política. Devemos lutar por uma transformação na concepção de mulher na realidade em que vivemos. Não esqueçamos que o homem também sofre por imposições culturais, herdadas historicamente.
Para todas as Mulheres que sendo crianças, sentiram a diferença de tratamento entre ela e seus irmãos. Todas que sofrem sendo tratadas como objeto sexual. Todas que desejam e buscam uma carreira profissional, contudo sabem que muitas vezes sua condição de mulher não permite a construção da mesma. Todas que ocupam os mesmos lugares que os homens, todavia são diferencialmente remuneradas. Todas que desejam que o falso moralismo tenha um fim e que a mulher deixe de ter a necessidade de se comportar com tantas inibições e imposições culturais. Todas que estão cansadas de tantos adjetivos pejorativos, muitas vezes por fazer o que os homens fazem e nem por isso são criticados. Para todas as mulheres que querem ter o direito de escolher sobre as suas próprias vidas.
Sabemos que o caminho é árduo, mas acreditamos que a nossa causa é justa, e a nossa luta é urgente. Não nos esconderemos mais, não nos omitiremos, não ficaremos em segundo plano, não seremos mais sombra nem coadjuvante na construção de uma sociedade mais digna e humana, onde sejamos respeitadas pelo que somos e pelo que acreditamos, sem discriminação ou subjugo do poder. Construiremos o caminho para as que virão, trazendo no peito e na cara, não o medo, mas a coragem de sermos quem somos. Porque “sempre fomos o que os homens disseram que nós éramos. Agora somos nós, que vamos dizer o que somos”.
Por isso, nós mulheres do Coletivo Feminino Maria Quitéria UESB - Campus de Jequié, chamamos todas e todos em favor da causa feminina. Essa luta é nossa!
O Coletivo Feminino Maria Quitéria apóia:
. Lei Maria da Penha (Lei 11.340)
. Diretorias de Gênero dos DCE’S e CA'S da UNE
. Associação das Donas de casa da Bahia – ADCB
. Movimento de Mulheres Camponesas – MMC
. Marcha Mundial das Mulheres – MMM
. União Brasileira de Mulheres – UBM
. Coletivos de Mulheres de todo Brasil
.Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial/ Presidência da República – SEPPIR/ PR
. Secretaria de Promoção da Igualdade – SEPROMI.
. Diretorias de Gênero dos DCE’S e CA'S da UNE
. Associação das Donas de casa da Bahia – ADCB
. Movimento de Mulheres Camponesas – MMC
. Marcha Mundial das Mulheres – MMM
. União Brasileira de Mulheres – UBM
. Coletivos de Mulheres de todo Brasil
.Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial/ Presidência da República – SEPPIR/ PR
. Secretaria de Promoção da Igualdade – SEPROMI.
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