Quando se fala da mulher e a sua participação no ME no sentido de lutar contra a opressão, que nós sofremos, percebemos por parte de alguns companheiros uma resistência em apoiar a luta feminina, entre o fato de não apoiar, podemos mostrar alguns exemplos um deles é no que diz respeito à própria participação das mesmas em cargos ditos de importância como coordenação geral/presidência. A participação dessa mulher nos espaços democráticos dentro das Universidades, como CA’s e DCE’s, executivas/federações de curso ainda é muito pequena.
No Movimento Estudantil, existem alguns companheiros que inibem a intervenção das companheiras, inclusive quando discutem as diversas questões que envolvem gênero, a exemplo disso, temos a situação de desqualificação da fala e das bandeiras de luta, tentativa cotidiana de descaracterização enquanto mero objeto sexual para os homens, “vitrines” de chapas e gestões de entidades estudantis, além da opressão física e étnica que sofrem por serem mulheres no espaço da Política Estudantil, quase sempre assumindo tarefas secundárias como a de Atar reuniões, arrumar as entidades, etc. Geralmente nunca sendo compreendida essa relação de opressão pelas quais as mulheres do Movimento Estudantil passam.
É preciso garantir espaços em que as companheiras sejam estimuladas a serem agentes da história, onde possam encontrar referências para a luta feminista, o que faz dos espaços de auto-organização, inclusive, momentos de formação política.
“Se quisermos promover uma sociedade mais justa e igualitária, precisamos focalizar as relações de desigualdade e de opressão que existe em nosso país nas dimensões fundamentais de Gênero, Raça e classe.” (Edna Roland)
Por tudo isso, nós mulheres e homens do CFMQ levantamos a bandeira da igualdade entre os sexos nos mais diversos espaços, principalmente no ambiente do ME, mas sempre respeitando as diferenças e particularidades das/os mesmas/os.
Lembrando também de levantar a bandeira de ser totalmente favorável à linguagem não sexista principalmente no ambiente do ME, onde é imposta uma linguagem opressora que não leva em consideração que a letra A é diferente da letra O (A≠O) ou então quando querem transformar o texto no masculino e feminino fazendo assim do símbolo do @ uma palavra unisex, mas se pararmos para analisar, a letra O engole a letra A, sem falar que o uso do @ é impróprio, e não quer dizer que seja um símbolo que possa representar os dois sexos, ou seja, é um uso equivocado, além do mais, como essas palavras serão pronunciadas? Sem falar que símbolos – a exemplo do @ - não constam no alfabeto da Língua Portuguesa do Brasil.
A forma não-marcada “homem” pode se referir a homens ou a seres humanos no geral. A forma marcada é restrita às mulheres. Assim, as mulheres são, efetivamente, escondidas atrás da terminologia “genérica” (masculina). E “homem” também não é uma terminologia realmente genérica. A neutralidade da categoria é duvidosa. Existe uma tendência a se pensar, realmente, nos homens, mesmo quando estamos falando no plural. Ao promover o uso do masculino e o desuso do feminino, claramente se apóia e se dá visibilidade e primazia para os homens.
Um comentário:
muito obrigadis! amo esse texto!!!
rsrs
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